28 fevereiro 2007
Hoje a Radar, foi o som do dia, mas para terminar o dia em beleza recordei "Where The Wild Roses Grow".
Já tinha saudades!
Apesar de me ter sido devolvido, não o voltei a ouvir. Acho que vou rebúsca-lo bem no fundo do báu.
Where The Wild Roses Grow
(Nick Cave)
They call me The Wild Rose
But my name was Elisa Day
Why they call me it I do not know
For my name was Elisa Day
From the first day I saw her
I knew she was the one
She stared in my eyes and smiled
For her lips were the colour of the roses
That grew down the river
All bloody and wild
When he knocked on my door
And entered the room
My trembling subsided in his sure embrace
He would be my first man And with a careful hand
He wiped at the tears that ran down my face
On the second day I brought her a flower
She was more beautiful
Than any woman I'd seen
I said
"Do you know where the wild roses grow
So sweet and scarlet and free?"
On the second day
He came with a single red rose
Said:"Will you give me your loss and your sorrow"
I nodded my head, as I lay on the bedHe said,
"If I show you the roses, will you follow?"
On the third day he took me to the river
He showed me the roses and we kissed
And the last thing I heard was a muttered word
As he knelt (stood smiling) above meWith a rock in his fist
On the last dayI
took her where the wild roses grow
And she lay on the bank, the wind light as a thief
And I kissed her goodbye, said
"All beauty must die"
And leant down and planted a rose
Between her teeth
27 fevereiro 2007
CP em movimento!
Francis, já não me falta tudo para fazer o check in.
Nova técnica de marketing da CP. À entrada para o apeadeiro, pedem o bilhete e desejam com um grande sorriso:
Nova técnica de marketing da CP. À entrada para o apeadeiro, pedem o bilhete e desejam com um grande sorriso:
– Uma boa Viagem e um bom dia!
Hoje tive quase para perguntar:
– e as malas onde as deixo?
Provincianismo e repetições
Centro de Lisboa, mais concretamente Av. 5 de Outubro, no regresso para casa oiço diariamente:
- Boa Noite!!!
Isto costuma acontecer no trajecto entre a mercearia e o Pires na belíssima Aldeia do Alqueidão. Alguém passa e pergunta.
- Boa Noite!!!
Isto costuma acontecer no trajecto entre a mercearia e o Pires na belíssima Aldeia do Alqueidão. Alguém passa e pergunta.
- Olá, então a tua Avó, a Família está boa?
Agora em pleno centro da capital, alguém passar por mim, todos os dias e largar um simpático cumprimento é realmente um retorcer no tempo e no espaço.
26 fevereiro 2007
É o chamado, "tarde mas não falha"
O "pai do cinema americano", tanto insistiu, tanto insistiu que ao fim de tanto tempo, lá levou para a estante da sala nada mais, nada menos do que 4 Óscares. Parece-me que mais que um prémio por excelente realizador, era merecido um premiozinho por perseverança!!!!
Ainda não vi a obra premiada, e confesso que estou contrariada, o Leonardozinho consegue me irritar!
Ainda não vi a obra premiada, e confesso que estou contrariada, o Leonardozinho consegue me irritar!
23 fevereiro 2007
Obrigadinho TVI
À conta da festinha ridícula, com contornos miseráveis, da comemoração dos 14 anos de existência, o Gregory apareceu já passava da 1.30 da manhã. E por conta da hora aceitável para começar uma série de culto, adormeci mal o genérico tinha começado.
Meu caro Moniz, podia deixar-se de figurinhas ridículas, e mais importante que tudo, podia deixar de exigir que os seus funcionários se denegrissem em frente às câmaras, e começar por pôr a programação que realmente interessa a horas decentes!
Meu caro Moniz, podia deixar-se de figurinhas ridículas, e mais importante que tudo, podia deixar de exigir que os seus funcionários se denegrissem em frente às câmaras, e começar por pôr a programação que realmente interessa a horas decentes!
Afinal, essa fórmula de entreter o povinho com graçolas ligeiras já é do tempo da outra senhora.
22 fevereiro 2007
Gostei tanto ...
... que vou dar o destaque de comentário do dia! Obrigado JG
Um assunto sem assunto
"Para lá das cartas, o resto das conversas sobre o amor são ridículas. Na alegria e na tristeza, na infelicidade ou na mais extremosa felicidade. Há, mesmo assim, diferenças: por muito penoso que seja ouvir a história de um amor infeliz, nada se compara à dura realidade (mesmo para o interlocutor voluntário) de uma história de amor feliz.Na infelicidade resta algum assunto (bater no omnipresente ceguinho, a opção favorita). Ainda assim, a infelicidade produz no interlocutor alguma sensação de utilidade - por mor da psicologia de vão de escada ou da confissão de religiosidade duvidosa. É pouca coisa, mas alguma. Não é edificante, mas é um assunto.A Vanessa vive momentos terríveis (para mim). Caiu no mais estranho dos lugares, o da felicidade sem medida. Acorda-me a desoras para contar como "ele" é fantástico, maravilhoso, surpreendente, perfeito, primoroso, impecável, admirável, quase sobrenatural. Nos jantares, a coisa prolonga-se (três ou quatro horas seguidas a descrever a bem-aventurança, a fortuna, a delícia, o contentamento, a beatificação, o beato). Dói-me a cara - já aguentei três horas com o mesmo sorriso de complacência, muito cansativo. Às vezes tenho saudades de discutir política. De uma boa polémica. De uma notícia. De algo. Adorava falar de algo, de um assunto qualquer que não fosse o maior dos sem-assuntos: a paixão, feliz, banalmente feliz, exaustivamente feliz em todas as acepções.Nos intervalos do discurso glorificador do Outro, a Vanessa recebe sms do Outro. Toda a mesa do jantar é abalada. Por um lado, podemos suspender o sorriso; por outro, é um momento suspenso: convergimos todos para o telemóvel, à espera que o esgar de felicidade traga uma notícia. Mas não há notícia. Quando perdura, a paixão não é notícia. O amor feliz não é notícia. Não se passa nada. Não há lead, não há tema, não há assunto. Sim, estamos felizes, contentes, alegres por ela, e depois? A Vanessa asfixia-nos. Massacra-nos. Humilha-nos. Não há criatura mais arrogante que a plena de felicidade. Mas se percebe alguma resistência faz um lamento. - Era bom ter alguém para partilhar isto. À excepção de um hipotético outro amor, mais ninguém aguenta."
Ana Sá Lopes
Diário de Noticias
Portugal Profundo!
Alunos de Sernancelhe recomeçam as aulas sentados no chão
Digo eu!
"Os 106 alunos da escola básica de Sernancelhe que foi demolida na segunda-feira regressaram hoje as aulas, após as férias de Carnaval, na Casa da Criança da vila do distrito de Viseu, mas foram obrigados a sentar-se no chão devido à falta de equipamento."
In público
É um verdadeiro prazer ler o jornal, para além de todas as outras questões que todos os dias no incomodam, temos estas noticias que quase passam despercebidas e que não deviam acontecer em 2007.
Digo eu!
16 fevereiro 2007
13 fevereiro 2007
Som do Dia
Depois dos maus exemplos na musica portuguesa, hoje por aqui ouve-se Jorge Palma.
Estrela do Mar
"Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
E em que o sono parecia disposto a não vir
Fui estender-me na praia, sozinho, ao relento
E ali longe do tempo, acabei por dormir
Acordei com o toque suave de um beijo
Acordei com o toque suave de um beijo
E uma cara sardenta encheu-me o olhar
Ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
Ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar
"Sou a estrela do mar só a ele obedeço
"Sou a estrela do mar só a ele obedeço
Só ele me conhece, só ele sabe quem sou
No princípio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim..."
O cúmulo da piroseira
Não vou fazer juízos de valor nem dar opinião sobre gostos e cultura musical. Mas daí a ouvir musica popular portuguesa (bimba - tinha que dizer), num volume que incomoda, com a porta do carro aberta, antes das 10 da manhã, e quando a letra fala em Amor (esse sentimento de grande nobreza), ela põe a mão no peito, e cheia de sentimentos e frustrações, fecha os olhos e grita mais alto... já acho demais!
Merecedora de prémio
Estava convencida que ao chegar à pagina 100, tinha uma pequena nota a dizer
- Parabéns é uma verdadeira resistente. A partir de agora, fazemos um resumo rápido da coisa, para saber o fim de Pedro, Natália e toda a sua prol. Afinal já que aqui chegou...
Enganei-me. Redondamente!
O livro é "Voragem" de Máximo Gorki, aqui é conhecido pelos "Os Artamonov". O critério da escolha de literatura Russa do início do século, passado, foi simples. Edição de bolso. Mas ARRE bolas, que o livro é chato.
Mas tem um fim. Eu até já o vi.
12 fevereiro 2007
08 fevereiro 2007
Lanche do dia
A proposta foi simples:
- diz-me lá se entendes alguma coisa disto.
E em jeito de "ah que querida que és, tenho que te compensar" ...
Encontro ficou marcado na tasca mais antiga da zona. Bogotá de seu nome.
Balcão corrido, com uma fileira de gente da terra à espera de um qualquer jogo da bola, frigideira na montra, para quem passa sentir o cheiro da famosa bifana. e um constante passar de croquetes acabadissimos de fritar. Impossivel resistir, e afinal tenho que fazer alguma coisa para atenuar este mau tempo que parece que não querer passar.
Som do dia
Widow Of A Living Man
Ben Harper
mama why does he treat me so cold
Ben Harper
mama why does he treat me so cold
why do i feel so old
how long has he treated me unkind
or have i always been so blind
i'm the widow of a living man
why can't the times stay the same
now i am begging him to change
what about all the plans we made
now i am so afraid
i'm the widow of a living man
why does he hurt me so
i'm gonna need someplace to go
he's no longer some kind woman's son
mama i think that i had better run
i'm the widow of a living man
07 fevereiro 2007
Chove lá fora como na rua
Será que o novíssimo cartão "Viva Lisboa" é impermeável? Acho que o regresso a casa vai ser uma experiência encantadora!!!
3 Vivas ao Viva Lisboa
Aqui está uma belíssima forma de iniciar o dia. Levantar o tão desejado passe social. Que por questões de marketing mudou de designação. Deram o nome de "Viva Lisboa". Assim, existe a ideia de uma felicidade inerente à aquisição deste simpático cartão.
Imprimem a nossa fotografia, curiosamente apelidada de "tipo passe", lá está!!! E por baixo fica o nosso nome, bem impresso. Para não haver enganos. Sim, é nosso!!! Agora sempre que o senhor de cinzento me pedir o título de transporte, eu abro a minha carteira, cuidadosamente escolhida no El Corte Inglés, e apresento o cartãozinho, para confirmar a minha legalidade! Não se fosse dar o caso de eu entrar num transporte público à borla!
Enfim, já o tenho, é meu!
É oficial!
Imprimem a nossa fotografia, curiosamente apelidada de "tipo passe", lá está!!! E por baixo fica o nosso nome, bem impresso. Para não haver enganos. Sim, é nosso!!! Agora sempre que o senhor de cinzento me pedir o título de transporte, eu abro a minha carteira, cuidadosamente escolhida no El Corte Inglés, e apresento o cartãozinho, para confirmar a minha legalidade! Não se fosse dar o caso de eu entrar num transporte público à borla!
Enfim, já o tenho, é meu!
É oficial!
06 fevereiro 2007
Som do dia
Portishead
Roads
Oh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say
How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong.
Storm, In the morning light
I feel, No more can I say
Frozen to myself.
I got nobody on my side,
And surely that ain't right,
Surely that ain't right.
Oh, can't anybody see,
We've got a war to fight,
Never found our way,
Regardless of what they say.
How can it feel, this wrong,
From this moment,
How can it feel, this wrong.
Oh, can't anybody see,
We've got a war to fight,
Never found our way,
Regardless of what they say.
Quando não podemos fugir ...
Eu não queria, mas não se fala de outra coisa.
O referendo de dia 11 de Fevereiro.
O assunto já foi mais que batido e “rebatido”. Para onde me vire, oiço “sim”, “não”... numa tentativa de converter convertidos. Duas semanas seguidas em que o Programa “Prós e Contras” tem uma plateia dividida, entre os acérrimos defensores da vida, ou do feto, ou do embrião, ou das células, ou lá o que é. E o outro lado, meia plateia a aplaudir todos os argumentos a favor pela liberdade de escolha, e pela capacidade que a mulher tem de decidir.
Assusta-me que em 2007, num país dito desenvolvido ainda se discuta, muitas vezes numa forma acesa e a cair na ofensa, a decisão do outro. Não estamos a falar de libertinagem, mas sim liberdade. Conceito esse tão simples, e tantas vezes violado.
Eu há 8 anos soube o que votar. Hoje a minha posição é a mesma. Nunca me debati com ninguém numa tentativa de “vender” a minha opinião. Mas também não gosto que decidam por mim. Não gosto de ser obrigada a viver com a moralidade dos outros. Cada um tem a sua consciência, e cada um tem a liberdade de viver dentro dos seus padrões morais ou religiosos. Eu tento viver de acordo com a minha consciência. E nessa consciência, em grande parte incutida em casa, numa educação que sempre se baseou pelo respeito pelo próximo e por nós mesmos, respeito o outro. Respeito quem tem uma posição diferente da minha. Aceito, e até posso concordar com muitos dos argumentos. Mas realmente é-me difícil aceitar a luta para que tudo fique na mesma. Quando o que temos é uma lei que penaliza, ofende e humilha.
Mas no meio de tanta discussão, debates, recolhas de opinião, tive o prazer de assistir à entrevista de Alexandre Quintanilha na RTP. É realmente compensador ouvir um homem esclarecido e com uma noção real do mundo em que vive. Houve este lado positivo nesta ideia descabida de um referendo. A possibilidade de aprender nas palavras de um físico que optou pela biologia.
02 fevereiro 2007
Som do dia
A última esperança
Encontrar-te me fez criança
Porque já eras meu
Sem eu saber sequer
Porque és o meu homem
E eu tua mulher
Porque tu me chegaste
Sem me dizer que vinhas
E tuas mãos foram minhas com calma
Porque foste em minh'alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser
Vinicius de Moraes
Mais uma vez, para acabar bem a semana
Sonhos de uma vida
5430 quilómetros a nado. É o que um Eslovaco se propõe a fazer. A ideia não é nova, o rapaz aparece no Guiness por já ter percorrido a nado o Mississippi, o Danúbio e o Ryan Tsé. Assim, de repente parece-me uma ideia um bocado idiota. Afinal não se entende que gozo dá, estar 12 horas diárias e seguidas dentro de água, a dar aos bracinhos e aos pezinhos. Mas agora ele foi mais longe. Quer nadar 5430 quilómetros do rio Amazonas. Estúpido ao quadrado. Se ainda se lembram da novela o Pantanal (rapazes bem giros) muitos dos personagens eram assim como que comidos pela bicharada que se esconde debaixo das águas turvas. E não era ficção. Para além das tão conhecidas, e amorosas, piranhas, no Amazonas também habitam jacarés, tubarões de água doce e anacondas, uma das quais, conhecida por "pororoca", que chega a formar ondas de quatro metros na foz do rio. Um verdadeiro miminho.
Martin Strel, é o nome do rapaz. 70 dias vão ser precisos para esta empreitada. Ele diz que é o sonho da vida dele. Eu entendo a ideia de ir passar uns dias a Belém do Pará, mas daí a arriscar o corpinho para aparecer num livro de recordes … enfim, cada um com os seus sonhos. Eu por mim ficava numa rede a ver o pôr do sol no Amazonas, deve ser uma coisa bem linda.
Martin Strel, é o nome do rapaz. 70 dias vão ser precisos para esta empreitada. Ele diz que é o sonho da vida dele. Eu entendo a ideia de ir passar uns dias a Belém do Pará, mas daí a arriscar o corpinho para aparecer num livro de recordes … enfim, cada um com os seus sonhos. Eu por mim ficava numa rede a ver o pôr do sol no Amazonas, deve ser uma coisa bem linda.